5 filmes vistos no fim do ano

Oi 2016! O blog está meio parado desde o post sobre Making a Murderere isso já dá uma semana. Ou só dá uma semana, mas: nesse ano, eu ainda não havia postado, e isso me dá uma agonia muito grande. O que fiz no final de ano? Vi filmes. Estou muito atrasada com as séries, mas vi alguns filmes. Acho que gostei de todos, ou pelo menos apreciei a experiência de ver todos, então aqui vai um post-antologia com cinco deles.

Star Wars – The Force Awakens

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Oh, que surpresa. Que filme underground e desconhecido é esse que trazes, Talita? Muita, muita gente foi aos cinemas assistir ao novo Star Wars, e eu, como já vinha defendendo aqui no blog, tive a cara de pau de ir sem ter visto nenhum dos anteriores. E sabe o que faltou para eu me divertir? Nada. Gostei mais do que eu esperava. Cinema de entretenimento, cheio de cenas de ação bonitas, com mocinha carismática, amigo da mocinha carismático, vilão carismático, robozinho carismático e Harrison Ford carismático a ponto de se integrar completamente à turma de novatos. Como sempre acontece comigo, um dia depois do filme eu já havia esquecido quase tudo, e já tinha colocado Star Wars na agenda só para 2017, que é quando sai a sequência, se eu não me engano. Só que o meu marido não me deixou esquecer, foi (sozinho) ao cinema assistir de novo, quis rever toda a trilogia original. Nessas, eu pensei: se eu não for assistir agora, é capaz de não ver nunca. E vi. Os três velhos. Num fim de semana. Olha, nem sei o que dizer. Os robôs já eram engraçados, Harrison Ford já era charmosão, o Chewbacca era super fofo, mas pra mim não dá. Eu entendo que algumas pessoas sejam apaixonadas por aquilo, ainda mais quando penso na época em que os filmes foram feitos, mas te digo uma coisa: não se obrigue. Sério, não faça isso.

À Beira Mar, de Angelina Jolie

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Lembra ali em cima quando eu disse que meu marido foi ao cinema sozinho para assistir ao novo Star Wars pela segunda vez? Então, não era bem verdade. Ele até chegou a entrar sozinho na sala de cinema, mas eu também fui. A sessão de Star Wars começava ao mesmo tempo em que, na sala ao lado, Brad Pitt e Angelina Jolie viviam uma crise (fictícia) nesse casamento de gente linda. E aí enquanto o meu marido via Star Wars, eu estava lá com Brangelina, numa sala quase vazia, na companhia apenas de duas velhinhas. Numa passagem um tanto monótona, uma velhinha vira para a outra e diz: “Muito repetitivo, meu deus do céu”. Eu não chego a concordar, mas também não adorei. À Beira Mar foi escrito e dirigido por Angelina Jolie, e eu tive a impressão de que ela havia tentado fazer um filme europeu. No ritmo, nas personagens, nos diálogos, na trama. Foi apreciável. O problema: o ponto central da trama, que eu não vou entregar agora, me pareceu um pouco…bobo? Não sei, não consegui comprar aquela crise por aquele motivo. E a crise é o filme inteiro, então…

Cooties: A Epidemia, de Carry Murnion e Jonathan Milott

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Elijah Wood tem o azar de chegar, para seu primeiro dia de trabalho em uma escola primária, justo quando um vírus transforma todas as crianças em zumbis – ou em alguma dessas coisas parecidas com zumbis. Cooties é uma comédia gostosinha, com um ou outro elemento de gore aqui e ali; é um entre vários filmes recentes que fazem homenagens e referências aos anos 1980. Elijah Wood é o protagonista que vem de fora, quer dizer: ele enxerga os defeitos e excentricidades dos personagens com quem se relaciona. A trama se passa em uma cidadezinha pacata, de onde o personagem de Wood tentou escapar, mas para onde se viu obrigado a voltar assim que as coisas não deram certo. O que faz o filme não ser enjoado nem pretensioso no mau sentido, é que, logo no começo, já vemos que o protagonista também é bizarro, cheio de defeitos e frescuras. Agora, o que faz o filme ser legal é ver aquela cota alta de mortes de zumbis, que é obrigatória hoje em dia, só que aplicada a crianças. Tem criança levando porrada, paulada, chute na cara, sendo atirada contra a parede, levando bolada de baseball na testa: é uma delícia. Não posso deixar de falar que o elenco todo é muito bom, com vários rostos conhecidos para quem acompanha séries. Rainn Wilson, que fazia o Dwight em The Office, rouba a cena e tem as melhores passagens. Vale a pena.

Irrational Man, de Woody Allen.

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Esse foi ruim. Não é que eu queira defender o Woody Allen, mas deve ser difícil fazer um filme por ano. No fim das contas, em Irrational Man a história acaba sendo interessante e – se você entrar no clima – pode te levar a pensar nas questões que o filme levanta: moralidade, viver eticamente, hipocrisia, sinceridade, por aí vai. Tem o Joaquin Phoenix, que vive um professor universitário atormentado e muito aclamado por seus colegas e alunos; e tem a Emma Stone, no papel de uma ninfeta universitária que vai se apaixonar pelo professor. Um crime faz o filme andar, mas vamos evitar spoilers. Acontece que Irrational Man parece todo feito no piloto automático: dá pra contar nos dedos de uma mão os planos bonitos, os diálogos marcantes, os momentos engraçados. Joaquin Phoenix e Emma Stone não só não parecem ter química, como parecem desorientados e, às vezes, constrangidos com as partes que têm que falar. Com tudo isso, se você me perguntar se o filme vale o tempo investido, eu digo que sim.

The Final Girls, de Todd Strauss-Schulson.

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Não dá para entender o título brasileiro: Terror nos Bastidores. Simplesmente não há bastidores. Por um acontecimento mágico e sem explicação, um grupo de amigos vai parar dentro de um filme. Mas é dentro do filme, não nos bastidores, ou seja: eles vão lá conviver com os personagens desse filme dentro do filme. E em que filme eles se encontram presos? (Escrevi filme 300 vezes?) Um slasher, com um Jason genérico e tudo, capaz de tocar o terror seja em quem é da ficção, seja em quem é da realidade. Esse sim, muito mais do que Cooties, é uma homenagem aos blockbusters dos anos 1980. E assim como Cooties, The Final Girls é engraçadinho e cativante muito por conta do elenco com muitos rostos conhecidos. Tem ideias muito boas, a trilha sonora compõe o clima como poucas, mas, na minha opinião, derrapa quando o que deveria ser uma subtrama ganha espaço demais, e aí tudo fica um pouco sentimental e o tom fica meio ambíguo de um jeito ruim.

Então é isso. Vi alguns outros, que vão entrar depois em posts separados. Também assisti Carol, e acho que todo mundo gostou muito mais do que eu, e Song of the Seauma animação fofinha que me fez dormir. Até a próxima.

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