5 Filmes sobre o amor e o tempo

Quem não gosta de viagem no tempo? Eu sei que não deveria abrir o texto com uma pergunta que pode suscitar uma resposta negativa, tipo “eu não gosto, sua chata”, mas a quantidade de filmes a respeito de viagens no tempo ou confusões entre passado, presente e futuro já dá um boa medida do tamanho do interesse que todo mundo tem por isso. Eu adoro e sempre me pego pensando nos e se. E se nós tivéssemos oportunidade de ir para a frente ou voltar atrás? Assim ou assado? E se a minha escolha naquela época fosse outra? E se eu não tivesse conhecido tal pessoa? Na ficção científica e nos filmes de passado alternativo, o tema é explorado até que se encontre um futuro aterrador ou uma oportunidade que ficou perdida na passagem das épocas.

Acho que já existem muitas listas com filmes de viagem no tempo falando sobre a humanidade, seu fim e seus propósitos. Por isso resolvi fazer minha listinha pessoal de filmes que usam o tempo para brincar com o amor e/ou vice-versa. Foi uma surpresa perceber que muita coisa se encaixaria na categoria. Alguns estavam na memória afetiva, bem guardadinhos há um bom tempo. Resolvi revê-los pensando no post… e novidade: na vida real, muitas vezes o passado deve ficar no passado, assim como Vanilla Sky e Meia-noite em Paris, que agora me pareceram bem bobos. Outros são apenas ruins, como acontece com A Casa do Lago. Os que sobreviveram ao tempo entraram na lista.

Boku wa Ashita, Kinou no Kimi to Date Suru

Dois apaixonados que precisam lutar tanto contra o passado quanto contra o futuro. Recomendado para quem gostar de chorar. O casal se conhece no trem. Em pouco tempo eles estão namorando. As cenas são fofas e tudo parece avançar normalmente, mas logo descobrimos que o tempo presente de um não é o mesmo do outro. Eles vivem em mundos diferentes, e é como se uma fenda no tempo tivesse feito com que um encontrasse o outro. Agora o que é futuro para um, é passado para o outro e por isso o presente dos dois jamais se alinha. A princípio pode parecer confuso, mas a história é contada de um jeito simples e logo nós entendemos o drama. Adorei, torci e chorei.

Questão de Tempo ou About Time

Foi o primeiro filme que me veio à cabeça quando pensei nesta lista. Acho que se você gosta desse tipo de produção deve ter visto essa daqui, ou no mínimo deve conhecer a atriz. Rachel McAdams é a escolha número 1 dos romances com viagem no tempo (ela está em Meia-noite em Paris e em Te amarei para sempre), e acho que ela tem a cara da comédia romântica. A história aqui não é dela, mas ela fez toda a diferença.

Tim é um cara que descobre, em seu aniversário de 21 anos, que pode voltar para qualquer momento da sua vida. Se eu pudesse fazer isso, minha vida ia virar uma bagunça: eu iria querer voltar a toda hora para desfazer todas as porcarias que eu fiz. E acho que aconteceria o mesmo com todo mundo. É o que acontece com o Tim. Ele experimenta arrumar situações bobas e percebe que, se em um primeiro momento isso pode até dar certo, depois a vida vira uma confusão. Daí ele precisa frear a vontade de arrumar a sua vida e a daqueles que ama. Mary (Rachel McAdams) é a mulher por quem Tim se apaixona. O filme resolve o romance já em sua primeira metade, Mary nem é o foco principal, mas mesmo assim ela consegue emprestar graça para cenas que poderiam ser apenas repetitivas. A trilha sonora também é ótima.

Feitiço do Tempo ou Groundhog Day

Este é muito conhecido. Bill Murray é Phil, um cara chato e sem paciência para qualquer pessoa. Ele é um repórter do tempo arrogante que precisa viajar para uma cidadezinha e noticiar o Dia da Marmota, que é quando todo mundo para o que está fazendo para ver a marmotinha que prevê todo ano se vai haver nevasca ou não. Phil lembra muito Scrooge, da história de Dickens, um homem com temperamento difícil, e o filme tem também semelhança com aquela história. Ele fica preso no mesmo dia, o Dia da Marmota. No início ele aproveita os benefícios, mas depois, com o dia ainda se repetindo, ele percebe que está vivendo um pesadelo e é obrigado a tentar ser uma pessoa melhor. Bill Murray e Andie MacDowell formam um par inusitadamente fofo.

De Volta para o Presente ou Blast from the Past

Revendo este filme tive uma boa surpresa: nem todos os filmes despretensiosos envelhecem mal. De volta para o presente é uma opção típica de Sessão da Tarde, mas nem por isso é uma comédia romântica mais fraca. Adam (Brendan Fraser) é um homem de 35 anos que passou toda a vida com os pais num abrigo anti-bombas, pensando que o mundo havia acabado. Em 1995 ele finalmente põe a cara ao sol e, claro, vai precisar se adaptar. Quem vai ajudá-lo é Alicia Silverstone, a queridinha do mundo inteiro nos anos 90. Claro que vai rolar uma paixão. O filme brinca com as situações de um rapaz que parou no tempo no começo dos anos 1960 e tem a presença ilustre de Christopher Walken.

Kimi no na wa.

Já falei sobre o filme aqui. E agora o cito de novo para representar vários outros. É difícil escolher um anime que fale sobre amor e tempo, eu poderia citar uma dezena, mas estou guardando para outra lista. Brincadeiras com a linha do tempo são temas muito comuns dos animes românticos. Este daqui pode ser uma excelente introdução. Em Kimi no na wa ele sonha que está no corpo dela, ela sonha que está no corpo dele. Eles vivem longe, eles se amam, talvez eles nunca consigam ficar juntos. Um amor impossível. Não assistiu ainda por quê? – (só para terminar com outra pergunta que pode suscitar resposta mal humorada, tipo: “porque eu tenho mais o que fazer, sua chata”).

Então, esses são os cinco filmes. Mas aqui vão mais dois de lambuja: Camille Redouble, um filme francês (tipo um De repente 30 ao contrário), sobre uma mulher que acorda na adolescência e revive tudo com mais gosto ainda. Também tem Peggy Sue Got Married, também sobre uma mulher que acorda na adolescência e resolve fazer tudo diferente. A lista poderia continuar por um bom tempo.

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