White Reindeer

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Mais um dia de bobeira, mais um filme da Netflix ( eu chamo de a Netflix, pra mim é uma coisa feminina, como se fosse a locadora Netflix e não o serviço de streaming). Esse eu nunca tinha ouvido falar. E não conhecia ninguém do elenco. Tinha cara de produção canadense, não sei por quê. Mas era americano mesmo, se passando na suburbana Virginia. E foi isso, acho, que deu uma cara legal para o filme.

Tenho que dizer, foi um filme bem não cheira nem fede. Um filme para esquecer logo, mas também sem nada irritante que te deixe com muita raiva. Foi bem para passar o tempo.

White Reindeer conta a história de uma mulher que fica sem rumo com a perda do marido. E aí vem o que funcionou no fime (junto com muito spoiler, cuidado!), as cenas que fogem do lugar comum. Logo no começo já tem uma cena dela com o marido transando, e essa cena, ao meu ver, foge bastante das cenas de sexo de filmes americanos com um orçamento maior.

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Aliás, esse tema do sexo que permeia o filme todo é realmente o diferencial aqui. Um casal vizinho com aquela cara totalmente de pateta do subúrbio americano na verdade é um perfeito casal de swing, sexo grupal, suruba ou como você queira chamar. A amante negra – e aqui há um contraste, já que a protagonista, branca, pertence a uma certa elite privilegiada e é chamada à realidade por causa do luto – do marido é uma stripper que parece fugir do comum.

A protagonista branca que tinha a vida “perfeita”, morando no subúrbio, com o marido apaixonado e carinhoso, acaba perdendo tudo, e ainda por cima no natal, a data preferida dela. Tudo vira de cabeça para baixo, e de repente ela está fazendo coisas e andando com pessoas que ela nunca imaginaria antes da morte do marido. Ela cheira cocaína com as strippers, rouba uma loja, participa da suruba dos vizinhos. Mas mesmo com essa cara de crítica adulta aos valores da sociedade, o filme não me empolgou.

Foi bom pra passar o tempo sem ter que ver algo tão bobinho.

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